domingo, 9 de junho de 2013

Cruz do Patrão.

~Kyuhyun


 A Cruz do Patrão é considerada um dos lugares mais assombrado de Recife. Erguida pelos holandeses, no século XVII, o local servia de orientação para os navios que entravam no porto, onde hoje existe uma coluna dórica estilo grego de alvenaria com seis metros de altura e dois de diâmetros, enterravam-se os escravos que morriam na travessia África-Brasil. No mesmo local, também aconteceram assassinatos e fuzilamentos. 
 Maria Graham [1785-1842] uma inglesa que visitou o Brasil em seu livro Journal of a Voyage to Brazil, and Residence There, During Part of the Years 1821, 1822, 1823 (Diário de uma Viagem ao Brasil, e residência lá, durante os anos 1821, 1822 e 1823) escreve que os cadáveres mal sepultados na Cruz do Patrão, muitas vezes, deixavam entrever pés e pernas, que escapavam das covas precárias e emergiam da areia. Maria Graham afirma ter visto pedaços de corpo espalhados ao lado do marco. 
 Acreditava-se que todo aquele que passasse pelo local da Cruz do Patrão à noite veria almas penadas ou seria perseguido por terríveis espíritos. Muitas das pessoas que fizeram sem acreditar em tal lenda, ou mesmo pelo desconhecimento desta, desapareceram sem deixar traços. 
 Uma das histórias do local, é a de um estudante que foi encontrado morto junto à cruz. Um soldado foi culpado pelo crime, e levado à Fernando de Noronha. Tempos depois, foi descoberto que outro indivíduo, invadido por um “espírito infernal”, teria cometido o crime. A notícia chegou tarde, pois o soldado já havia falecido na prisão da ilha.

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