terça-feira, 11 de junho de 2013

A Materialização dos espíritos, e fotos de materializações.

 A materialização, segundo muitos espiritualista, no Ocidente mais notadamente adeptos e simpatizantes da Doutrina Espírita, é o fenômeno mediúnico no qual um espírito desencarnado ou um objeto qualquer, não proveniente do mundo físico, torna-se visível e tangível. É, portanto, uma manifestação de efeitos físicos. Mas é importante frisar que na Codificação Espírita não existe o termo materialização, Kardec se limitou a chamar de aparições tangíveis, palpáveis.
Afirmam determinadas obras espíritas, que para que um espírito desencarnado materialize o seu perispírito ou um objeto inexistente no mundo físico, ele tem que fazer uso de uma substância semi-material exalada pelos seres vivos em geral e, em maior quantidade, pelos médiuns de efeitos físicos, chamada de ectoplasma. Também o termo ectoplasma é inexistente na Codificação Espírita (o primeiro registro que se tem desse termo foi feito por Charles Richet, Nobel em Medicina), mas aparece em outras obras espíritas, como o livro "Espírito, Perispírito e Alma" (1984) do engenheiro e parapsicólogo Henani G. Andrade. Na Codificação, os Espíritos falam de fluidos, de sua condensação mais ou menos vaporosa, nunca de ectoplasma.
 A mediunidade de efeitos físicos, mais comum na segunda metade do século XIX, foi responsável pelos primeiros fenômenos que deram origem tanto ao Moderno Espiritualismo quanto a Doutrina Espírita. Encontram-se inúmeros registros de mediunidade de efeitos físicos no Antigo Testamento. Moisés foi um grande médium destes efeitos. Na verdade, relatos de efeitos mediúnicos sempre existiram, porém os homens os tratavam como milagres, guiados pela ignorância e superstição. Há também que se definir e distinguir Espiritualismo de Espiritismo, sendo o primeiro apenas o contrariamento ao materialismo e o segundo, a Doutrina ditada pelos Espíritos e compilada por Kardec. Espiritualismo não nasceu com as manifestações que chamaram a atenção dos intelectuais franceses da época em que surgiu o Espiritismo, mas sempre houve, uma vez que está latente no ser humano uma intuição sobre sua natureza física e espiritual, seja católico, protestante, ou adepto de outra; aliás, pode-se dizer que todas as religiões são espiritulistas. Logo, espiritualista é todo aquele que crê ter uma alma ou espírito, e segue-se que nem todo espiritualista é espírita, mas todo espírita é necessariamente espiritualista.
Como a presença de um ou mais médiuns de efeitos físicos é alegadamente essencial à ocorrência de fenômenos de materialização, são raros os Centros Espíritas que atualmente mantêm sessões com tal finalidade. Tais sessões raramente são públicas, devendo os interessados, geralmente, fazer contato prévio com os seus dirigentes para delas participarem. Os espiritos podem se utilizar dos fluidos especiais para os efeitos físicos que queiram fazer, mesmo sem o conhecimento do médium. Acerca dos fenômenos, o que se busca hoje, aliás, é o que o próprio Kardec afirmara outrora: o que se deve buscar é o efeito moral da fenomenologia, e não esta em si mesma, sendo seu estudo importante para a ciência espírita, mas jamais a base da Doutrina Espirita.

Materialização de peças em parafina e outras.

 As chamadas peças em parafina constituem-se em moldes de partes dos corpos dos espíritos produzidos no processo de materialização em reuniões mediúnicas com o objetivo de estudos dos fenomênos de efeitos físicos.
Embora não se tenha comprovado a autenticidade dessas peças, elas podem ser encontradas no Museu Nacional do Espiritismo (MUNESPI) em Curitiba.
Médiuns muitas vezes não ligados ao espiritismo também alegam ser capazes de reproduzir fenômenos de materialização. A exemplo, Edelarzil Munhoz Cardoso é famosa por suas materializações "apport" em meio ao algodão.

Outras demonstrações.

 Uma outra forma de demonstração de materializações são as chamadas "fotografias espíritas", que por sinal, nunca puderam ser cientificamente refutadas ou comprovadas.

Médiuns de efeitos físicos.

 No Brasil, destacaram-se nomes como Anna Prado, Carmine Mirabelli e outros.

À luz da ciência emergente, e moderna.

 A questão quanto a existência ou não de espíritos fora outrora questão recorrente em ciência, nos idos anos de seu nascimento e adolescência. Em época em que a separação entre as formas de pensar religiosa e científica ainda não havia se dado por completo, visto que muitos, para não dizer a maioria, dos fenômenos científicos se tentava explicar como resultantes direta ou indiretamente dos fluídos imperceptíveis quase-transcendentais de naturezas diversas e adequadamente escolhidos; a citarem-se o calórico e o luminífero; em época que acreditava-se que seres vivos emergiam espontaneamente da matéria inanimada, é certamente correto afirmar que indagações sobre materializações de objetos a partir de tais fluidos também já fizeram parte da ciência da época, sendo a conexão com os fluidos espíritas imediada e indissociável. Em época dominada pela ideia dos fluidos transcendentes ocorre a codificação do espiritismo, sendo esperada por tal a presença constante dos mesmos nas recorrências à ciência encontradas na doutrina.
Idos os distantes séculos XVII, XVIII, e XIX, e, encontrando-nos atualmente no século XXI, uma regressão histórica acerca da rápida evolução da ciência desde a sua dissociação da metodologia religiosa quando do julgamento de Galileu perante o Santo Ofício mostra-nos que se, outrora a ideia dos fluídos fora recorrente, essa rapidamente mostrou-se incorreta diante dos avanços alcançados em função do forte mecanismo de autocorreção intrínseco ao método científico, de forma que em teorias científicas modernas os fluídos etéreos indetectáveis não mais integram as explicações para os fenômenos tangíveis conhecidos. A temperatura dos corpos liga-se não à quantidade de calórico mas sim à energia cinética leve das partículas de um sistema, e o éter luminífero mostrou-se em verdade inexistente frente a experiências como a de Michelson e Moley e desnecessário perante a teoria eletromagnética atual. Os avanços na biologia rapidamente também desbancaram o vitalismo e o fluido vital, e a compreensão da relação entre energia e matéria levou às bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki, e no ápice da corrida nuclear a bombas de hidrogênio cerca de 5000 vezes mais potentes (Bomba Tsar) que suas primas predecessoras.
Diante dos conhecimentos físicos atuais quanto à estrutura da matéria e quanto às leis da conservação, pilares da física moderna, a ideia de materialização de objetos a partir do nada, ou mesmo a partir de fluidos transcendentais emanados por seres vivos,na atual etapa da história do universo, não encontra qualquer corroboração científica; e, para a ciência moderna ao menos, tais fenômenos enquadram-se, na melhor das hipóteses, em classe que se explicaria como fruto de uma ilusão dos sentidos. Não há evidência alguma que corrobore também a existência de espíritos, de forma que, se os fenômenos continuam a ser estudados por doutrinas não científicas, esses não enquadram-se como fenômenos naturalmente verossímeis à luz da ciência moderna. Espiritismo, embora clame ser uma doutrina que visa a conciliar religião, ciência e filosofia, não é uma ciência, tão pouco uma ciência natural, ao rigor da acepção moderna do termo.
A exemplo, à luz da conservação de energia, que conta com uma inexorável e muito conhecida contribuição dada por Albert Einstein, E=mC², a materialização de um pequeno e simples objeto com cerca de 60 gramas de massa implicaria a preexistência de uma fonte de energia capaz de fornecer a energia equiparável à liberada na explosão de 100 (cem) bombas nucleares idênticas à jogada em Hiroshima. Como outra possibilidade, a transmutação de elementos, à exemplo na materialização de um simples prego a partir de outros elementos químicos encontrados, digamos, no ar ou no algodão, implicaria energias envolvidas de igual ordem de magnitude, se não maiores, pouco menores. Vale lembrar que toda a energia oriunda do sol provém da constante conversão de hidrogênio em hélio em seu núcleo, em uma reação de fusão nuclear.
Tal escala energética coloca todos os fenômenos de materialização conforme descritos literalmente fora da realidade natural tangível via método científico. Materialização conforme descrita pela doutrinas espiritualistas não encontra corroboração alguma frente à ciência moderna.

O espírito materializado “Katie King”,
tendo ao lado o Dr. Gully, que a examinou anatomicamente.
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Extraordinária fotografia espírita colhida entre as inúmeras
que ilustram o livro Spirit Photography, do Major Tom Patterson.
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Uma das materializações minúsculas
obtidas com a médium Eva Carrière.
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Ampliações dos rostos de duas das
materializações minúsculas obtidas nas sessões.
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Materialização de “Lucy”, um dos “guias” da médium Mary M.
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Materialização ectoplásmica minúscula do rosto de “Walter”, 
o falecido irmão e “guia espiritual da médium Margery.
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Abundante emissão de ectoplasma que sai da boca
da médium Mary M., mostrando rostos minúsculos,
entre os quais o do falecido Sir Arthur Conan Doyle.
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Abundante emissão de massa ectoplásmica, mostrando
rostos de pessoas mortas, que foram reconhecidas.
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Ampliação da fotografia anterior, mostrando dois rostos de pessoas bem 
conhecidas em vida, sendo um de “Raymond”, filho de Sir Oliver Lodge, 
e o outro de um jovem cujo nome não se quis divulgar.
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Comparação do rosto de “Raymond”, quando fardado de soldado, 
com o aparecido na massa ectoplásmica saída da boca da médium
(clique na imagem para ampliá-la).

Veja o vídeo documentário sobre o processo de Materialização: http://youtu.be/ikbVhnroPJg


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