sábado, 27 de abril de 2013

Edifício Joelma


 O Edifício Joelma de 25 andares foi um dos prédios mais importantes do centro de São Paulo no Brasil.
 No manhã de 1 de Fevereiro de 1974 Sexta-feira por volta das 8:50, o edifício sofreu um incêndio que durou por mais de quatro horas resultando na morte de 189 pessoas e cerca de 345 feridos.
 O Edifício Joelma foi então recuperado e renomeado para Condomínio Edifício Praça da Bandeira, mas continua a ser assombrado pelos fantasmas das pessoas que morreram naquele fatídico dia.
 Consta no entanto que o local é carregado de uma estranha energia espiritual já antes do edifício Joelma ter sido ser construído em 1972.
 
Em 1948 existiu uma casa onde mais tarde viria a ser construído o edifício. Nessa casa morava com a sua mãe Benedita e as irmãs Cordélia e Maria Antonieta um professor de química orgânica chamado Paulo Camargo. 
Paulo tocando piano
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 Paulo assassinou a tiro a mãe e as irmãs, lançando seguidamente os seus corpos a um poço que este mandara construir no quintal da casa, depois Paulo, já acompanhado pela polícia pediu para ir à casa de banho, onde se suicidou com um tiro no peito.
Paulo momentos após o suicídio
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 A polícia considerou duas hipóteses para o assassinato. A primeira seria que a família não aceitava a sua namorada. A segunda é que Paulo teria matado a sua família porque estes sofriam de uma doença e Paulo não queria ter que cuidar delas. A verdade é que o mistério de tamanha atrocidade nunca foi desvendado.
 Os corpos forma resgatados do poço pelo corpo de bombeiros, só que um dos bombeiros viria também ele a ser vítima da maldição e morreu pouco tempo depois vítima de infecção cadavérica. Este caso abanou a população de São Paulo e ficou gravado na história como o caso do "Crime do Poço". Logo depois o lugar ganhou fama de estar assombrado.
Poço no fundo da casa, usado para jogar os corpos 
das vítimas de Paulo.
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Momento em que bombeiros resgatam os corpos do poço.
O bombeiro em destaque morre tempos depois de 
infecção cadavérica.
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Os corpos das vítimas se encontravam de cabeça pra
baixo e com sacos cobrindo suas cabeças.
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 A casa viria a ser demolida anos mais tarde e em 1972 era inaugurado o Edifício Joelma, um prédio moderno de 25 andares construído exatamente por cima do mesmo terreno onde se situava a casa do "Crime do Poço". Devido ao crime que ali se dera, a numeração da rua foi modificada, mas a maldição permaneceu.
Edifício Joelma (Hoje Edifício Praça da Bandeira)
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Foto: Rafael CDHT/Divulgação
 Quase dois anos depois de sua construção, o edifico era avassalado por um terrível incêndio causado por um curto-circuito no sistema de ar condicionado no 12º andar. Em pânico e sem terem para onde fugir, as pessoas começaram a dirigir-se aos andares superiores.
 À medida que a temperatura aumentava vertiginosamente as pessoas suicidavam-se atirando-se do alto do edifício para fugir ao calor, 40 ao todo soube-se mais tarde.

Edifício Joelma em chamas e o desespero das pessoas
envolvidas
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Nas fotos: No auge do desespero, pessoas se jogam do
prédio para fugir das altas temperaturas
causadas pelo incêndio.
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 No combate às chamas, muita coisa falhou; faltou água nos carros do Corpo de Bombeiros, a escada extensível chegava apenas aos andares do meio, o edifício não tinha heliporto e as suas telhas de amianto suportadas por vigas de madeira fraca impediram os helicópteros de poisar.
 Apesar de toda estrutura do prédio ser incombustível, todo o material de compartimentação e acabamento não era e não havia qualquer sistema de segurança contra incêndios, por isso o fogo rapidamente se propagou e ficou fora de controlo.
 A maioria das pessoas que conseguiram chegar ao telhado conseguiu salvar-se pois abrigaram-se com as telhas de cimento amianto, as que não fizeram isso morreram sob os efeitos do intenso calor e da fumaça.


Nas fotos: Pessoas se refugiam no telhado do edifício
afim de fugir do incêndio e se protegiam com telhas
de amianto até serem resgatadas por 
helicópteros de resgate.
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Alguns corpos das vítimas do incêndio.
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 Apesar de não recomendado, grande parte das 422 pessoas que se salvaram, escaparam pelos elevadores que conseguiram fazer descidas expressas pela habilidade dos ascensoristas e graças à demora do sistema eléctrico dos elevadores ser afectado pelas chamas.
 No entanto as últimas treze pessoas que usaram o elevador para tentaram fugir aquele inferno foram encontradas carbonizados dentro do mesmo. Esses corpos nunca foram identificados sendo depois enterrados lado a lado no cemitério de São Paulo. Ainda hoje os fiéis quando vão ao cemitério costumam deitar água com um regador na campa dos treze. Segundo eles, como as vítimas morreram queimadas necessitam de água.
 Cinco anos depois, foi realizado um filme baseado na tragédia do Edifício Joelma, mas mesmo durante as filmagens ocorreram vários fenómenos misteriosos.
Filme que conta a tragédia do Edifício Joelma
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Ruídos estranhos eram ouvidos em locais onde não estava ninguém, aparições eram captadas pelas câmaras da equipa de filmagens e a mais caricata foi quando reveladas as fotografias da cena da morte das personagens; as fotos mostravam rostos de pessoas que não estavam nas filmagens. 
Aparição de um fantasma em foto, numa das cenas do filme "Joelma 23º Andar", 
baseado no incendio do Edifício Joelma.
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Mesmo recuperado e com novo nome, os fantasmas continuam a vaguear pelo edifico nos dias de hoje e a tentativa das pessoas de se livrarem das assombrações tem sido em vão. 

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